sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Restantes especies de tragopans

Apresento-vos as duas restantes espécies de Tragopans, que compõe o Generus Tragopan.
A primeira foto é um tragopan de Blyths (Tragopan blythii) originário do sudoeste da Índia, no estado de Nagaland e em Burma, em montanhas inacessíveis onde é muito difícil estimar a sua população. Em cativeiro existem alguns exemplares, mas devido ao reduzido número de animais, a população encontra-se muito consanguínea e sem muitas esperanças, se não houver entrada de sangue novo para reavivar a população existente.
A segunda foto é de um Tragopan de hastings ou ocidental (Tragopan melanocephalus), chama-se ocidental pois é a espécie deste género que habita mais a ocidente de todas as 5 espécies.
Este tragopan vive nas montanhas do este da Índia, mais propriamente em Himachal pradesh e no vizinho Paquistão. Os Indianos chamam-lhe "JUJURANA" que significa "ave rei" sendo um dos símbolos desta região Indiana.
Este Tragopan não se encontra na avicultura ocidental, sendo o único local onde existem aves em cativeiro Himanchal pradesh, num centro de recuperação para animais selvagens. Existe um projecto para a tentativa de reprodução deste tragopan em cativeiro, mas os resultados são muito escassos.



terça-feira, 13 de maio de 2008

Esporeiro de Palawan


Esta é mais uma espécie que possuo nos meus aviários. O esporeiro de palawan (polyplectron emphanum) é originário, como o nome indica, da ilha de Palawan nas Filipinas. É um habitante das florestas tropicais de baixa altitude.

Os esporeiros devem o seu nome ao facto de possuirem vários esporões em cada pata. As posturas destas aves são constituídas por 2 ovos que são incubados pela fêmea enquanto o macho continua os seus chamamentos e danças para atrair novas fêmeas.

O Vídeo que vos mostro é a fase de côrte em que o macho atrai a fêmea para a sua arena oferecendo-lhe comida, nomeadamente insectos ou alguma semente.

Em cativeiro, este género de galiformes caracteriza-se pelos jovens pintos não terem instinto para se alimentar quando nascem, pelo que têm que ser ensinados, aqui reside o maior problema para reproduzir esta belíssima espécie.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Nascimento de uma raridade

Este fim de semana foi um grande marco na minha história como criador/estudioso de aves em geral e de faisões em particular.
Esta pequena ave que vos mostro na fotografia é um Tragopan caboti com apenas algumas horas de vida e que veio demostrar que o tabu gerado em torno das aves provenientes de Inseminação artificial, não é mais do que um simples tabu.
Esta pequena maravilha é descendente de 2 aves provenientes de um projecto de Inseminação artificial, que, através da reunião de indivíduos de diferentes proveniências, combinando a maior diversidade genética, permitiu que hoje em dia aves como esta venham a nascer através de reprodução natural.
Esta pequenito fica para a história como o primeiro Tragopan caboti reproduzido em Portugal, e que veio dismistificar o enigma que envolve a reprodução deste magnífico tragopan.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Tragopan Caboti

Apresento-vos mais uma espécie deste género de galináceos, o Tragopan de Cabot, Tragopan caboti.
Este tragopan é o que vive mais a oriente de todas as cinco espécies, vive em florestas de coníferas e de folha caduca com vegetação rasteira, quase sempre associado a encostas montanhosas com pequenos socalcos, Vivendo entre os 700 e os 1500 metros de altitude.
Alimenta-se tanto no chão como nas árvores, e tal como as restantes espécies é maioritariamente arboricola.
Esta espécie é a terceira mais comum em cativeiro, sendo uma espécie muito ameaçada, até há bem pouco tempo era impossível reproduzi-la por meios naturais, tendo-se recorrido à inseminação artificial, para se conseguir evitar a sua extinção em cativeiro.
Hoje em dia, graças a um grande projecto de IA e à introdução de novos sangues, já vai sendo possível obter algumas crias via reprodução natural.

sábado, 29 de março de 2008

corte frontal de um tragopan satyra

Mais uma filmagem e mais uma dança, desta vez do nosso amigo satyr que já anda cada vez mais excitado com a proximidade da época de reprodução.

cumprimentos

Apanhado


O nosso amigo satyr começou com as danças, este tragopan é dos últimos a iniciar a época de cria.
Os primeiros a iniciar são os cabots, seguidos pelos temincks e por último os satyr. Deve estar para breve o meu primeiro ovo de satyr deste ano.
Hugo

terça-feira, 25 de março de 2008

Tragopan Satyra



Este tragopan é nativo dos Himalaias centrais da Índia, Nepal e Butão. Vivem em florestas montanhosas entre os 2400 e os 4000 metros de altitude no Verão, descendo para os 1500 no Inverno.
A sua reprodução em cativeiro tem sofrido diversos contratempos. Devido à falta de sangue novo, a população Europeia tornou-se muito consanguínea e levou à debilidade da população. Além disso, muitos colecionadores, propositadamente ou não, cruzaram-nos com Temincks tornando a população ainda mais enfraquecida.
Neste momento, devido a importações dos USA, existe sangue novo, o que trouxe um novo fôlego a esta maravilha da natureza.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Tragopan Teminckii

Deixo-vos com este video, para vos mostrar a particularidade da sua exibição. Os Tragopans possuem apêndices, ou seja dois cornitos azuis e um babete, que se extende quando a ave está excitada. Normalmente a ave tem os apêndices recolhidos e só quando está exitado é que os inflama.

Este tipo de cortejo é feito sempre detrás de um obstáculo, tendo como objectivo surpreender a sua companheira que se encontra do outro lado.

Neste caso concreto é un Tragopan Teminckii, originário das florestas montanhosas da China, desde a fronteira com a Índia até ao Vietname.

TRAGOPAN




O tragopan é um faisão. Ave que sempre me suscitou prazer com as suas cores belíssimas. Por isso lhe dediquei este blogue. Que possa voar e subir bem alto. Boa viagem.